Dados Consolidados de Óbitos no Trânsito Brasileiro - 2023
1 Introdução
Em Agosto de 2024 o Ministério da Saúde disponibilizou a base de dados consolidada do Sistema de Informações de Mortes (SIM) para o ano de 2023. Assim, o presente documento apresenta uma análise dos óbitos no trânsito no Brasil, com foco na evolução desse cenário entre 2022 e 2023.
2 Cenário brasileiro
A quantidade de óbitos anuais no trânsito brasileiro reduziu, porém com uma quantidade bem pequena. Em 2023, o Brasil apresentou um número de 33.743 óbitos no trânsito, uma redução de 151 óbitos em comparação com os dados de 2022, o que representa uma variação percentual de -0,45%. Os gráficos a seguir apresentam a quantidade absoluta de óbitos por ano no Brasil e a variação percetual entre os anos.
3 Óbitos por regiões
Considerando as macroregiões do Brasil, o Nordeste apresentou o maior aumento percentual de óbitos no trânsito, atingindo 5,54%. Em ordem decrescente, segue a Região Centro-Oeste com uma redução de -0,55%, Região Norte com -1,54%, Região Sudeste com redução de -2,01% e a Região Sul apresentou uma redução nos números de óbitos no trânsito, com uma variação de -6,83%.
| 2022 | 2023 | Variação | Variação percentual | |
|---|---|---|---|---|
| Nordeste | 9.824 | 10.368 | 544 | 5,54% |
| Centro-Oeste | 3.966 | 3.944 | −22 | −0,55% |
| Norte | 3.436 | 3.383 | −53 | −1,54% |
| Sudeste | 10.770 | 10.553 | −217 | −2,01% |
| Sul | 5.898 | 5.495 | −403 | −6,83% |
4 Óbitos por unidades da federação
Em relação aos óbitos no trânsito por unidades da federação, os locais que apresentaram os maiores aumentos percentuais na quantidade de óbitos entre 2022 e 2023 foram:
- Bahia: 13%;
- Piauí: 12%;
- Sergipe: 9%.
Por outro lado, as unidades que mais apresentaram reduções na quantidade de óbitos no trânsito foram:
- Amapá: -25%;
- Distrito Federal: -18%;
- Rio de Janeiro: -16%
5 Óbitos por modal das vítimas
Considerando o modo de transporte em que a vítima se encontrava durante o sinistro, os modais com maiores aumentos percentuais entre 2022 e 2023 foram os modais:
- Triciclo: 28,12%;
- Motocicleta: 6,73%;
- Bicicleta: 4,75%;
Os modais que apresentaram reduções foram:
- Ônibus: -23,81%;
- Outros: -9,67%;
- Automóvel: -4,22%;
- Caminhão (ocupantes de transporte pesado): -1,74%;
- Pedestre: -0,67%
| 2022 | 2023 | Variação | Variação percentual | |
|---|---|---|---|---|
| Triciclo | 32 | 41 | 9 | 28,12% |
| Motocicleta | 12.058 | 12.870 | 812 | 6,73% |
| Bicicleta | 1.346 | 1.410 | 64 | 4,75% |
| Pedestre | 5.387 | 5.351 | −36 | −0,67% |
| Caminhão | 806 | 792 | −14 | −1,74% |
| Automóvel | 7.541 | 7.223 | −318 | −4,22% |
| Outros | 6.598 | 5.960 | −638 | −9,67% |
| Ônibus | 126 | 96 | −30 | −23,81% |
6 Pirâmide etária das vítimas
Por fim, considerando o sexo das vítimas, em 2023 as vítimas do sexo masculino ainda são a maioria dos mortos no trânsito, representando 83% dos óbitos. A faixa etária com a maior quantidade de mortes no trânsito, em 2023, ainda é a de 20 a 24 anos.
Considerando apenas as vítimas fatais do sexo feminino, a faixa etária com um maior aumento de mortes entre 2022 e 2023 foi a acima de 65 a 69 anos, com uma variação de 22,18%. A faixa etária com a maior redução foi a de 70 a 74 anos, atingindo uma variação de -10,95%.
Considerando as vítimas fatais do sexo masculino, a faixa etária com o maior aumento de mortes entre 2022 e 2023 foi a entre 0 a 4 anos, com uma variação de 15,11%. A faixa etária com a maior redução foi a de 5 a 9 anos, com uma variação de -4,96%.
| 2022 | 2023 | Variação percentual | ||||
|---|---|---|---|---|---|---|
| Feminino | Masculino | Feminino | Masculino | Feminino | Masculino | |
| Mais de 80 anos | 228 | 547 | 244 | 569 | 7,02% | 4,02% |
| 75 a 79 anos | 241 | 557 | 224 | 605 | −7,05% | 8,62% |
| 70 a 74 anos | 283 | 847 | 252 | 969 | −10,95% | 14,40% |
| 65 a 69 anos | 266 | 1.214 | 325 | 1.275 | 22,18% | 5,02% |
| 60 a 64 anos | 342 | 1.546 | 317 | 1.571 | −7,31% | 1,62% |
| 55 a 59 anos | 376 | 1.997 | 370 | 1.941 | −1,60% | −2,80% |
| 50 a 54 anos | 408 | 2.127 | 390 | 2.144 | −4,41% | 0,80% |
| 45 a 49 anos | 408 | 2.426 | 427 | 2.322 | 4,66% | −4,29% |
| 40 a 44 anos | 471 | 2.738 | 501 | 2.742 | 6,37% | 0,15% |
| 35 a 39 anos | 507 | 2.758 | 498 | 2.666 | −1,78% | −3,34% |
| 30 a 34 anos | 505 | 2.728 | 496 | 2.660 | −1,78% | −2,49% |
| 25 a 29 anos | 530 | 3.010 | 537 | 2.973 | 1,32% | −1,23% |
| 20 a 24 anos | 568 | 3.328 | 535 | 3.216 | −5,81% | −3,37% |
| 15 a 19 anos | 354 | 1.589 | 369 | 1.615 | 4,24% | 1,64% |
| 10 a 14 anos | 113 | 208 | 127 | 230 | 12,39% | 10,58% |
| 5 a 9 anos | 86 | 141 | 86 | 134 | 0,00% | −4,96% |
| 0 a 4 anos | 128 | 139 | 122 | 160 | −4,69% | 15,11% |
7 Faixa etária e modais da vítimas
Observando os óbitos com base no modal e na faixa etária das vítimas, de forma conjunta, percebe-se que a grande maioria dos óbitos ocorrem entre os ocupantes de motocicleta entre 20 e 24 anos.